quinta-feira, 28 de maio de 2009

CHEGOU A HORA


Depois de muita briga, muitas ofensas de lado a lado, parece que ficar junto já não é mais possível. Percebe-se que é chegada a hora, não dá mais viver assim, a situação se torna insustentável para todos, pais e filhos.
Mesmo sem querer, os filhos são colocados no meio destas desavenças, eles são testemunhas do clima que se instala, das agressões mútuas, dos choros , da tristeza estampada em cada fisionomia. O sofrimento neste momento é inevitável .
Mas será possível a hora da separação ser feita de uma forma menos dolorosa para todos ?
Pode-se pensar numa preparação prévia, avisando aos filhos o que está acontecendo, que decisões serão tomadas?
Será possível minimizar para os filhos, o momento em que um dos pais vai embora de casa?

Quais são suas ideias?
Alguém gostaria de compartilhar como foi sua despedida, sua saída de casa?
Ou como foi ver o companheiro/a partindo?
E que cuidados tomaram para com os filhos?
E do ponto de vista dos filhos, como viveram este momento da separação dos pais?

Um comentário:

  1. Quando estávamos com os adolescentes em nossos grupos, uma das cenas que mais os tocava era a saída do pai de casa. Fizemos algumas vezes dramatizações e esta cena era uma das descritas como mais marcantes. Em algum momento disseram que achavam injusto que eles que seriam tão afetados por um processo tão transformador fossem, em geral, os últimos a saber. Era só depois que a decisão estava tomada que eles entravam em cena. Lembro que naquela ocasião conversamos muito com eles e entre nós, além de com as mulheres e homens sobre o assunto. Como seria contar a eles durante o processo? Aumentaria a tensçao de todos? Em momentos com tantas dúvidas, surpresas, idas e vindas, como e o que dizer a crianças e adolescentes que os ajudem e não os deixem mais angustiados e inseguros? Como ouvir, por outro lado, a fala deles? Algumas vezes, chego à temporária conclusão< até achar alguma outra luz, que em algumas situações não há saídas felizes. Temos que lidar com algumas impossibilidades. É isso, até as próximas conversas!

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