sábado, 6 de junho de 2009

A LULA E A BALEIA

Este é o título de um filme autobiográfico com roteiro e direção de Noah Baumbach, vencedor de melhor filme no Festival de Cinema de Sundance, em 2005. O diretor desenvolve, com muita sensibilidade, o tema separação e suas consequências no ambiente familiar. Trata-se de uma separação com muitas brigas e mostra o descuido dos pais ao desvendar detalhes desnecessários da vida do ex-casal, como a traição da mãe etc...
Outros temas que me parecem relevantes:
Negociação de visitas: como podem ser feitas negociações que sejam mais adequadas aos filhos?
"Direito de visita não é um direito dos pais em relação aos filhos, mas é sobretudo um direito da criança."

Conflito de lealdade: é um sentimento desgastante para os filhos , que ora assumem o lado de um dos pais, protegendo-o ou impedindo que um critique ao outro em sua frente.

Novos parceiros: num primeiro momento é dificil para os filhos aceitarem os novos relacionamentos dos pais. A inclusão deve ser feita aos poucos e de forma cuidadosa.

Sob meu ponto de vista, a separação dos pais, não implica tão somente em perdas e sofrimentos, mas pode ser uma oportunidade de crescimento emocional e aprendizado de vida.




4 comentários:

  1. Este filme é um dos mais interessantes sobre separação. Quando vi, fiquei muito impressionada. Primeiro porque é um dos poucos filmes, senão o único que privilegia o ponto de vista da criança. Outro ponto é que a separação descrita no filme é bem corriqueira. Quero dizer com isso, que é aquela que vemos comumente em nosso cotidiano. Ainda assim, é possível ver como pessoas que vivem uma vida "normal" e separam-se de maneira "normal", podem se perder, se confundir, sofrer e gerar sofrimento.
    Suas perguntas Nadia sõa muito úteis no que tenho pensado ultimamente usando a metáfora da "redçãod e danos no divórcio". Ou seja, muitas vezes inevitável, o divórcio não é inócuo para minguém que o vive. Também há coisas para as auqis não existe "preparação" suficiente, mas podemos ficar atentos a algumas questões que hoje, depois de mais de 30 anos de divórcio, já sabemos que podemos mitigar?
    Como continuar atentos a estas questões quando estamos sofrendo tanto que só conseguimos olhar nossa própria dor? O que pode nos ajudar nesta hora?
    Bom finalzinho de domingo e início de segunda feira para todos.

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  2. Rosana, não será que tem uma influência da nossa herança cultural, que quando sofremos as luzes se apagam? Não estou negando um tempo para o sofrimento e para dor, que é legítimo. Mas quando se tem outras pessoas em jogo, como os filhos, não acha que tem que haver um pontinho de luz, que nos permita ficar atentos e cuidadosos para mitigar esta dor, que é de todos os envolvidos? A família extensa, os amigos e os terapeutas podem ajudar neste processo.

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  3. Com certeza Nadia. Ou pelo menos deveria ser assim... Acho até que para muitas pessoas isso é o que acontece. Os filhos, o cuidado com eles ajuda muito a segurar a onda. Concordo que todos podem crescer com isso e até se perdoar quando percebem que há momentos em que não dão conta mesmo, mas no próximo já estão de pé de novo!

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  4. Oi Nadia, descobri que não posso editar o comentário. Então, explico aqui o que ficou truncado. A metáfora da qual estava falando era a de redução de danos do divórcio. Ou seja, considerando o divórcio inevitável, nas situações em que ele ocorre, podemos pensar e ter recursos para que ele traga menos danos para todos. A experiência acumulada ao longo dos anos de todos os envolvidos com o tema e de todos que passam pela situação, podem ser muito úteis para se alcançar processos de divórcio menos destrutivos. Acho que agora ficou mais claro.

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