sábado, 10 de outubro de 2009

MADRASTA , BOADRASTA .












Afinal quem é essa mulher que se costuma chamar de madrasta?

É aquela mulher que se casou com um homem separado, que tinha filhos da
relação anterior?
É aquela mulher que vai ter que manter uma relação com enteados, mesmo
que eles não morem com o pai ? Como vai dosar a autoridade quando eles estiverem presentes?
É aquela mulher que "roubou" o pai da mãe e fez com que todos se sentissem
muito infelizes, causando uma grande confusão na família, até então organizada?
É aquela mulher interesseira que quer todas as atenções do pai?
É aquela que quer mudar a decoração da casa, até dos quartos dos enteados,
que já estavam ajeitadinhos? Até onde vai seu limite de dona de casa?
É aquela mulher ciumenta da relação de seu marido com os enteados,
que não entende que o pai queira passar algum tempo a sós com seus filhos?

Precisa ser assim?

Desde pequenos as histórias que nos são contadas, dos contos de fadas, como o
da Cinderela, a figura da madrasta é sempre a malvada, que explora os enteados...
A madrasta já chega numa família com uma série de preconceitos:a interesseira,
a sem limite, a destruidora de lares, etc,,,
Quando uma mulher se casa com um homem que já tem filhos, o que pode ser
feito para que a vida de todos não se torne um verdadeiro inferno?
Em quantos lares, hoje em dia, existem madrastas ou melhor boadrastas?
( para evitar o velho e desgastado preconceito)
O que será preciso para esta mudança de nomenclatura, já que ainda não
surgiu uma melhor, que boadrasta?
A primeira coisa que me passa, vem do início dessa nova relação, do namoro
do pai e aquela com a qual ele pretende se casar.
Como o pai foi apresentando aos filhos, aquela que viria ser sua nova mulher?
Este começo,vai pavimentar muito da qualidade do caminho a ser
percorrido por estas pessoas.
Teve um intervalo de tempo razoável, entre a separação e o novo
relacionamento?
Como foi feita a apresentação da nova mulher, com uma certa culpa
( estou fazendo algo que vai ferir meus filhos)ou reforçado como um
direito legítimo de recomeçar sua vida afetiva?
Quando isto acontece muitas das dificuldades acima podem
ser minimizadas, pois os filhos sentem que é uma realação séria.
Não posso afirmar que seja uma situação fácil, mas com o fator
TEMPO, muito da tensão vai se amenizando, com a PACIÊNCIA,
tudo vai se resolvendo.
No caso da mulher, quando ela se sente apoiada pelo novo marido,
tendo seu espaço respeitado, vai se sentir mais confiante e portanto
menos ameaçada com este novo papel. Papel que não tem regras, porque
estas vão sendo criadas no cotidiano de cada família.
Boadrasta não é a mãe, mas pode ser uma bela coadjuvante, sem nenhum
demérito para esse papel, pode ajudar os enteados com suas próprias experiências.
Para simplificar na vida de famílias reconstituídas tem que haver um “protocolo”
de ações possíveis e das que devem ser evitadas. É um protocolo visto,
discutido e acordado por todos os envolvidos.
Desta forma, evita-se o enfrentamento, a competição, já que os limites
estão claramente demarcados e assim todos saem ganhando nesta relação tão delicada.

Um comentário:

  1. http://www.facebook.com/groups/sindicatodasmadrastas/

    bora se juntar e falar disso?

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