domingo, 1 de novembro de 2009

SOBRE O AMOR

Afinal o que é o amor? O que é o amor de pais para filhos? É possível obrigar alguém amar um filho? Questões como essas nos aparecem quando pensamos em abandono afetivo e suas consequências nas relações de família.
Abandono afetivo se dá naqueles casos em que os pais que, por uma ou outra razão, não visitam e nem convivivem com os filhos, após a separação. O suporte material é mantido, através da pensão alimentícia, mas o moral não.
Entrando neste assunto delicado, o deputado Carlos Bezerra e o senador Marcelo Crivella apresentaram dois projetos de lei, em que pedem a possibilidade de cobrança de indenizaçãopelos danos morais, decorrentes do abandono afetivo. Segundo os parlamentares, a pensão alimentícia não esgota os deveres dos pais em relacão aos filhos.
Os advogados de família fazem declarações contraditórias a esse respeito. Para alguns essa lei é importante porque garante um convívio entre pais e filhos, mesmo que tal atitude seja imposta, porque o convívio com os filhos é dever dos pais. No entanto, outros entendem que o amor compulsório é pior que a ausência.
Depois de tantas ideias provocadas por um tema tão polêmico, ficam perguntas sobre o amor.
O que é o amor de pais para filhos, como perguntei no início? É incondicional, é instintivo, é inerente a condição humana? Ou precisa ser construído no cotidiano, na convivência constante, feito de pequenos detalhes, até imperceptíveis para os que estão de fora? O amor paterno precisa ser alimentado e aprendido no trato diário com os filhos? São os pais cuturalmente abastecidos de modelos de paternidade?
O amor de pais para filhos deve ser garantido por lei ou construído na convivência do dia a dia?
Para pensar...

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