
Em uma separação temos vergonha pelo fracasso do projeto, por não ter sido capaz de continuar, por ter desistido, por ter sido abandonada/o o que só diz de nosso valor, ou melhor, de nossa ausência de valor. Temos vergonha do que fazemos e do que fazem conosco. Vergonha de contar que o marido/esposa foi injusto, traiu ou foi violento. Vergonhas posteriores de não conseguir lidar com tudo sozinho, de não ter uma relação dentro de determinados padrões ou de não ter relação nenhuma e estar sozinho o que quer dizer, "ninguém me quer".
Entre a culpa e a posição de vítima, precisamos encontrar a co-responsabilidade, as possibilidades e limites de nosso estar no mundo.
Enfim, esse é o tema do artigo publicado e que lanço para discussão nesse território mais específico de nossas conversas sobre separação.