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quarta-feira, 18 de setembro de 2013
Dialogando com filhos
Diálogo 1
"Minha mãe diz que nós viemos aqui para nos sentirmos melhor. Meu pai diz que viemos aqui por que temos que vir".
"Por que você não fala sobre isso com sua mãe?"
"Se eu conto para minha mãe, ela liga para o meu pai e eles brigam.Eu não quero que eles briguem. Não quero que seja minha culpa."
"O que seria sua culpa?"
"Eles se divorciarem.Tudo o que eu faço só piora a situação"
Diálogo 2
"De novo, não sei o que fazer, meu aniversário tá chegando e é sempre a mesma história!"
"Qual história?"
"Eu tenho que fazer dois, na verdade, três aniversários, se quiser que todo mundo fique bem. Um pra minha mãe ir. Outro para meu pai e a mulher dele. E outro pra mim, (risos) com meus amigos".
"Por que tantos??"
"Porque um não quer estar onde está o outro. E ficam chateados se não faço um pra cada um."
"E o seu?"
"Ah, esse é pra eu me divertir!!!!"
"Quantos anos vc vai fazer?"
"28"
"Mesmo? E quantos anos você tinha quando seus pais se separaram?"
"4".
Poderia contar pra vocês mais algumas dezenas de diálogos como esses que tenho presenciado no meu consultório durante meus anos de prática. Não farei isso. Convido aos leitores a lembrar todos os que já presenciaram e viveram. Convido também à reflexão sobre as situações de divórcio que perduram. Segundo alguns, as pessoas mantém assim, um vínculo. Nunca se separam de verdade, porque nunca esquecem, ou se permitem esquecer por alguns instantes que algum dia passaram por isso e sofreram muito.
Continuamos conversando sobre isso. É um assunto complexo, com muitas formas de olhar. Há todas as histórias dos pais e mães envolvidas, às vezes extremamente sofridas. Mas, sempre me pergunto: como podemos melhorar nossas formas de nos separar? Será que é transformando nossas formas de amar?
Diálogo 1
"Minha mãe diz que nós viemos aqui para nos sentirmos melhor. Meu pai diz que viemos aqui por que temos que vir".
"Por que você não fala sobre isso com sua mãe?"
"Se eu conto para minha mãe, ela liga para o meu pai e eles brigam.Eu não quero que eles briguem. Não quero que seja minha culpa."
"O que seria sua culpa?"
"Eles se divorciarem.Tudo o que eu faço só piora a situação"
Diálogo 2
"De novo, não sei o que fazer, meu aniversário tá chegando e é sempre a mesma história!"
"Qual história?"
"Eu tenho que fazer dois, na verdade, três aniversários, se quiser que todo mundo fique bem. Um pra minha mãe ir. Outro para meu pai e a mulher dele. E outro pra mim, (risos) com meus amigos".
"Por que tantos??"
"Porque um não quer estar onde está o outro. E ficam chateados se não faço um pra cada um."
"E o seu?"
"Ah, esse é pra eu me divertir!!!!"
"Quantos anos vc vai fazer?"
"28"
"Mesmo? E quantos anos você tinha quando seus pais se separaram?"
"4".
Poderia contar pra vocês mais algumas dezenas de diálogos como esses que tenho presenciado no meu consultório durante meus anos de prática. Não farei isso. Convido aos leitores a lembrar todos os que já presenciaram e viveram. Convido também à reflexão sobre as situações de divórcio que perduram. Segundo alguns, as pessoas mantém assim, um vínculo. Nunca se separam de verdade, porque nunca esquecem, ou se permitem esquecer por alguns instantes que algum dia passaram por isso e sofreram muito.
Continuamos conversando sobre isso. É um assunto complexo, com muitas formas de olhar. Há todas as histórias dos pais e mães envolvidas, às vezes extremamente sofridas. Mas, sempre me pergunto: como podemos melhorar nossas formas de nos separar? Será que é transformando nossas formas de amar?
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
Como foram suas férias?
Acabou-se julho e com ele as férias escolares. As crianças e adolescentes voltam às aulas e, na minha época de estudante, era clássica a redação "Minhas férias". A gente já sabia e, muitas vezes, durante as férias, pensava: Isso eu vou escrever na minha redação! Andei pensando por esses dias, como são as férias dos filhos cujos pais estão separados. Viajam para encontrar o pai/mãe que mora longe? Vão poder encontrar tios e primos, avós que também moram distante? Vão viajar com um dos pais e os novos irmãos? Vão viajar com uma nova família? Vão ficar por aqui mesmo porque não vêem o pai há tempos e a mãe não conseguiu tirar férias? Vão ficar com o pai, mas estão preocupado com a mãe que vai ficar sozinha? Ou vice-versa? Vão viajar com o pai/mãe, mas estão aflitos porque vão sentir saudades do outro? Será que vão poder se comunicar com eles? E, quem fica? Contente porque também vai ter umas férias das crianças? Angustiado porque não sabe o que fazer sem elas? Feliz porque elas vão ter um tempo bom com o outro pai/mãe? Com medo porque ela pode gostar tanto que não vai querer voltar? Enfim, poderia ficar aqui muito tempo levantando as possibilidades sobre as férias em uma família após uma separação conjugal. Fico por aqui, no entanto, pensando que podemos aprender muito nas férias também!
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quinta-feira, 23 de junho de 2011
Mitos sobre divórcio - parte 1
Há algum tempo venho pensando sobre algumas coisas que, como em muitas narrativas, se naturalizam, tornam-se quase invisíveis e, por isso, não paramos para pensar nelas. Nesse momento, é a isso que chamo mitos. Não aquele mito filosófico, histórico, mas algo que vai se tornando uma narrativa repetida e que muitas vezes repetimos sem nos darmos conta do impacto e da dimensão que tem o que estamos falando. Muitas vezes ouvi no consultório, de pessoas amigas, em filmes, etc. estórias sobre aquele difícil momento em que se conta sobre a separação para os filhos. Não importa a idade, sempre é um momento doloroso para todos. Como pais, todos queremos proteger nossos filhos do sofrimento, poupá-los dos efeitos de decisões que os afetam tão diretamente, mas sobre as quais não tem nenhuma ingerência. Talvez por isso, seja lugar comum dizer aos filhos algo como: "Papai e mamãe não vão mais morar juntos, não estaremos mais casados, mas não se preocupem, continuaremos amando vocês como sempre. Nada vai mudar, vocês estarão sempre com o papai e com a mamãe. Terão um quarto em cada casa e, etc.etc.etc."
Nossa angústia, sofrimento, e nosso amor pelos filhos, transforma a perspectiva do divórcio em uma fantasia de que a única coisa que vai acontecer é uma mudança de casa. A frase "nada vai mudar" fica martelando na minha cabeça. Como assim nada vai mudar? Como assim, as coisas serão iguais. Para o filho, tudo vai mudar! Claro, sabemos que aqueles pais continuarão amando seus filhos como sempre. Continuarão desejando todas as boas coisas para eles, principalmente que eles não sofram. Isso é o que não vai mudar. Mas, muitas outras coisas vão mudar. Mesmo nos divórcios mais tranquilos, menos conflituosos e que realmente trazem benefícios a médio prazo para as famílias, a curto prazo todos tem que lidar com mudanças. E, mudanças são difíceis, mesmo quando são boas. Quem já não mudou de casa para uma casa melhor, maior, mais bonita que sempre sonhou? E, quem, mesmo nessa mudança tão desejada já não ficou nervoso, estressado, sem rumo, tropeçando em caixas e sentindo-se desorganizado porque não lembra onde colocou os livros de trabalho, o material da escola, a roupa para sair no dia seguinte?
Em uma separação, estaremos mudando isso e muito mais. Cada um pode pensar no seu divórcio e avaliar quantas coisas mudaram desde aquele dia. Aliás, sem o divórcio também, a vida só faz mudar. Mas, uma decisão dessa monta, traz alguns processos que tornam tudo instável de uma maneira mais aguda.
Por que temos tanto medo de conversar assim com nossos filhos? Uma cena marcou-me muito e acho que me ajudou a construir outra perspectiva sobre isso. Quando me separei do pai dos meus filhos, eles eram muito pequenos e eu e ele conversamos, acho eu, a conversa padrão: "Tudo estará aqui, quando você quiser estará com seu pai, etc.etc. etc." A tentativa de garantir que vamos continuar fazendo o possível para que eles não sofram. Um dos meus filhos anos depois, não sei precisar quantos, me diz em uma conversa sobre a separação que, naquele dia, só lembra de que "só ele sofreu". Na sua narrativa, nem eu nem o pai dele "estávamos muito aí para a separação". Fiquei tão perturbada, mas ao mesmo tempo curiosa com tal afirmação. Tão distante da minha experiência e da do pai dele também. Continuei a conversa, tentando entender como ele havia construído tal ideia. E, chegamos ao cenário em que ele lembrava que ninguém além dele havia chorado. Apenas ele. Portanto, para ele, só ele havia sofrido. Essa conversa me fez pensar durante muito tempo. Não me lembro de ter chorado ou não, mas lembro da dor ao falar com eles. E, talvez, tenhamos feito mesmo um esforço para não chorar, os adultos, para tornar as coisas mais possíveis para nós e para as crianças. Mas, hoje penso que talvez uma boa conversa sobre separação com os filhos deva incluir a dor. Talvez dizer que vai ser difícil, que muitas coisas vão mudar, para melhor e talvez algumas para pior. Que todos precisarão se esforçar para se adaptar à nova vida e que com certeza tentarão fazer o melhor para que as coisas dêem certo. Talvez, possamos falar que, se estamos fazendo tanto movimento, é porque achamos que vale a pena, mas que em algumas horas vai ser difícil para todos e que eles podem contar com seus pais para estar ao lado deles nos momentos difíceis e nos bons. E que, mesmo as coisas mudando, e eles nem sempre gostando das mudanças, seus pais estarão sempre dispostos a garantir que possam conversar e ser ouvidos. Além, é claro, da garantia do amor , apesar de uma forma diferente de convivência. Talvez uma tentativa de temer menos a dor e incluí-la. Acredito que isso possa nos aproximar de nós mesmos e um dos outros. Podermos expressar nossa vulnerabilidade de uma forma verdadeira possa manter e/ou criar conexões entre pais e filhos, irmãos, etc. Se não tememos, talvez seja por ter a confiança de que temos recursos para lidar com o contínuo fluxo de mudanças da vida.
Enfim, são meus pensamentos sobre o tal mito do "nada vai mudar"...
Bom feriado a todos!
P.S: A foto é do filme A Lula e a Baleia sobre o qual podemos falar em outro post.
Nossa angústia, sofrimento, e nosso amor pelos filhos, transforma a perspectiva do divórcio em uma fantasia de que a única coisa que vai acontecer é uma mudança de casa. A frase "nada vai mudar" fica martelando na minha cabeça. Como assim nada vai mudar? Como assim, as coisas serão iguais. Para o filho, tudo vai mudar! Claro, sabemos que aqueles pais continuarão amando seus filhos como sempre. Continuarão desejando todas as boas coisas para eles, principalmente que eles não sofram. Isso é o que não vai mudar. Mas, muitas outras coisas vão mudar. Mesmo nos divórcios mais tranquilos, menos conflituosos e que realmente trazem benefícios a médio prazo para as famílias, a curto prazo todos tem que lidar com mudanças. E, mudanças são difíceis, mesmo quando são boas. Quem já não mudou de casa para uma casa melhor, maior, mais bonita que sempre sonhou? E, quem, mesmo nessa mudança tão desejada já não ficou nervoso, estressado, sem rumo, tropeçando em caixas e sentindo-se desorganizado porque não lembra onde colocou os livros de trabalho, o material da escola, a roupa para sair no dia seguinte?
Em uma separação, estaremos mudando isso e muito mais. Cada um pode pensar no seu divórcio e avaliar quantas coisas mudaram desde aquele dia. Aliás, sem o divórcio também, a vida só faz mudar. Mas, uma decisão dessa monta, traz alguns processos que tornam tudo instável de uma maneira mais aguda.
Por que temos tanto medo de conversar assim com nossos filhos? Uma cena marcou-me muito e acho que me ajudou a construir outra perspectiva sobre isso. Quando me separei do pai dos meus filhos, eles eram muito pequenos e eu e ele conversamos, acho eu, a conversa padrão: "Tudo estará aqui, quando você quiser estará com seu pai, etc.etc. etc." A tentativa de garantir que vamos continuar fazendo o possível para que eles não sofram. Um dos meus filhos anos depois, não sei precisar quantos, me diz em uma conversa sobre a separação que, naquele dia, só lembra de que "só ele sofreu". Na sua narrativa, nem eu nem o pai dele "estávamos muito aí para a separação". Fiquei tão perturbada, mas ao mesmo tempo curiosa com tal afirmação. Tão distante da minha experiência e da do pai dele também. Continuei a conversa, tentando entender como ele havia construído tal ideia. E, chegamos ao cenário em que ele lembrava que ninguém além dele havia chorado. Apenas ele. Portanto, para ele, só ele havia sofrido. Essa conversa me fez pensar durante muito tempo. Não me lembro de ter chorado ou não, mas lembro da dor ao falar com eles. E, talvez, tenhamos feito mesmo um esforço para não chorar, os adultos, para tornar as coisas mais possíveis para nós e para as crianças. Mas, hoje penso que talvez uma boa conversa sobre separação com os filhos deva incluir a dor. Talvez dizer que vai ser difícil, que muitas coisas vão mudar, para melhor e talvez algumas para pior. Que todos precisarão se esforçar para se adaptar à nova vida e que com certeza tentarão fazer o melhor para que as coisas dêem certo. Talvez, possamos falar que, se estamos fazendo tanto movimento, é porque achamos que vale a pena, mas que em algumas horas vai ser difícil para todos e que eles podem contar com seus pais para estar ao lado deles nos momentos difíceis e nos bons. E que, mesmo as coisas mudando, e eles nem sempre gostando das mudanças, seus pais estarão sempre dispostos a garantir que possam conversar e ser ouvidos. Além, é claro, da garantia do amor , apesar de uma forma diferente de convivência. Talvez uma tentativa de temer menos a dor e incluí-la. Acredito que isso possa nos aproximar de nós mesmos e um dos outros. Podermos expressar nossa vulnerabilidade de uma forma verdadeira possa manter e/ou criar conexões entre pais e filhos, irmãos, etc. Se não tememos, talvez seja por ter a confiança de que temos recursos para lidar com o contínuo fluxo de mudanças da vida.
Enfim, são meus pensamentos sobre o tal mito do "nada vai mudar"...
Bom feriado a todos!
P.S: A foto é do filme A Lula e a Baleia sobre o qual podemos falar em outro post.
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Separação
domingo, 8 de maio de 2011
Conciliando as novas formas com queridas tradições: quem se atreve?
As separações desalinham os formatos habituais de parentesco em nossa cultura. Pai, mãe, filhos já não estão sempre juntos. Madrastas, padrastos, irmãos de várias combinações de pais e mães, o fenômeno da multiplicação dos avós... São novas formas de conviver em família. O difícil para todos é quando tentamos enquadrar as novas formas dentro das antigas. Ou qualquer das nossas atitudes que não tenham a flexibilidade necessária para acompanhar e criar novas formas de convivência. Temos apego ao que conhecemos. Temos medo daquilo que nos é estranho. Rituais, datas comemorativas tem o sabor da tradição, da repetição daquilo que já sabemos e que nos dá segurança a cada passo. Porém, às vezes as tradições são subvertidas e temos novidades em nossa família. Novos apegos de nossos filhos, novas rotinas também. O fim de semana do pai cai no dia das mães... É tudo encaixadinho com o fim de semana dos filhos da nova mulher do pai, madrasta que, óbvio vai ficar com os filhos e adoraria ficar com os enteados. Afinal, ela também faz o papel de mãe. Enfim, apenas um pequeno exemplo de situação corriqueira, mas que nos exige flexibilidade. Podemos entrar no clima de disputa, ou quem sabe favorecer novas conversas e quem sabe criar realmente novas e surpreendentes formas de convivência. Quem se atreve?
Desejo que mães, pais, filhos, avós, madrastas, padrastos tenham tido hoje um bom dia. Um dia de reconhecimento de todo o valor que tem. Um dia de reconhecimento do quanto uma andorinha não faz verão e que para criar uma criança feliz, ou melhor famílias mais felizes, em conjunto, em rede, é muito melhor e mais fácil para todos.
Boa noite!
Desejo que mães, pais, filhos, avós, madrastas, padrastos tenham tido hoje um bom dia. Um dia de reconhecimento de todo o valor que tem. Um dia de reconhecimento do quanto uma andorinha não faz verão e que para criar uma criança feliz, ou melhor famílias mais felizes, em conjunto, em rede, é muito melhor e mais fácil para todos.
Boa noite!
terça-feira, 3 de maio de 2011
A casa ninho. Nova proposta de guarda?
Recebi essa notícia. O link para a notícia original está abaixo. O que vocês acham???
Espanha: Juiz ordena que pais se revezem a cada três meses na casa da família.
Um juiz determinou que um casal divorciado e com dois filhos a se revezar no uso de sua casa da família em Sevilla a cada três meses . O juiz concedeu a custódia conjunta com a obrigação de viver de acordo com mudanças de casa, para priorizar os interesses das crianças. É a primeira sentença que impõe esta solução salomônica que envolve dificuldades práticas, entre outros, tem que ter três casas . A fórmula pode romper com as leis que regem a custódia em diferentes regiões. O que é surpreendente é que este modo de vida impostas aos ex-cônjuges sem acordo entre eles, o que alguns especialistas consideram que é muito controverso. Esta solução chamada "casa-ninho" implica em um nível salarial semelhante dos pais. A mãe se opôs à guarda conjunta, mas o juiz, após análise do Ministério Público e da equipe psicossocial, deu esta solução questionada por alguns por seus inconvenientes práticos e tensões familiares que pode gerar.
"Tanto o pai como a mãe têm recursos pessoais, familiares e comunidade para cobrir adequadamente as necessidades materiais e emocionais dos seus filhos", reflete o juiz de família governante Francisco Serrano, a Europa Press noticiou ontem. O juiz concordou que cada cônjuge pode cobrir os gastos com alimentos para seus filhos através de uma conta conjunta com 250 € por mês. Serrano afirma no comunicado: "Hoje não se pode concluir, a priori, que só as mães podem se preocupar com seus filhos e dispensar a eles os cuidados materiais e afetivos de que necessitam. Se faz necessário superar o preconceito de gênero, priorizando o interesse das crianças ".
as vozes que divergem da decisão do juiz, alegam que esse arranjo é uma fonte sem fim de conflitos na família e se inviabiliza caso algum dos ex-cônjuges venha a se casar de novo.Outros consideram que é uma forma de "tortura" que ao longo do tempo força os pais a tentarem entrar em um acordo para mudar a situação. Pode ser uma situação apenas transitória.
Espanha: Juiz ordena que pais se revezem a cada três meses na casa da família.
Um juiz determinou que um casal divorciado e com dois filhos a se revezar no uso de sua casa da família em Sevilla a cada três meses . O juiz concedeu a custódia conjunta com a obrigação de viver de acordo com mudanças de casa, para priorizar os interesses das crianças. É a primeira sentença que impõe esta solução salomônica que envolve dificuldades práticas, entre outros, tem que ter três casas . A fórmula pode romper com as leis que regem a custódia em diferentes regiões. O que é surpreendente é que este modo de vida impostas aos ex-cônjuges sem acordo entre eles, o que alguns especialistas consideram que é muito controverso. Esta solução chamada "casa-ninho" implica em um nível salarial semelhante dos pais. A mãe se opôs à guarda conjunta, mas o juiz, após análise do Ministério Público e da equipe psicossocial, deu esta solução questionada por alguns por seus inconvenientes práticos e tensões familiares que pode gerar.
"Tanto o pai como a mãe têm recursos pessoais, familiares e comunidade para cobrir adequadamente as necessidades materiais e emocionais dos seus filhos", reflete o juiz de família governante Francisco Serrano, a Europa Press noticiou ontem. O juiz concordou que cada cônjuge pode cobrir os gastos com alimentos para seus filhos através de uma conta conjunta com 250 € por mês. Serrano afirma no comunicado: "Hoje não se pode concluir, a priori, que só as mães podem se preocupar com seus filhos e dispensar a eles os cuidados materiais e afetivos de que necessitam. Se faz necessário superar o preconceito de gênero, priorizando o interesse das crianças ".
as vozes que divergem da decisão do juiz, alegam que esse arranjo é uma fonte sem fim de conflitos na família e se inviabiliza caso algum dos ex-cônjuges venha a se casar de novo.Outros consideram que é uma forma de "tortura" que ao longo do tempo força os pais a tentarem entrar em um acordo para mudar a situação. Pode ser uma situação apenas transitória.
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quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
Duas casas para crescer
Este é o título de um livro que, embora publicado em 2004 na França e em 2006 no Brasil, encontrei por acaso em um sebo. A autora, Sylvie Cadolle, é soióloga da Universidade de Créteil, na França. Aliás este país tema vançado muito em termos de pesquisas sobre a condição social, as transformações familiares a partir do aumento da taxa de divórcios. O livro é uma versão para os leigos da pesquisa feita em seu doutorado. Eu ainda não li todo, mas pensei em ler junto com vocês e ir comentando ao longo da leitura. Até onde eu li, me pareceu muito bom. Um dos melhores que já li deste tipo. Ela parte do princípio que é o que está atualmente norteando todas as ações e pesquisas sobre o tema, da proteção à criança.
A dica está dada, continuamos conversando.
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Há alguns dias Nadia postou sobre a madrasta. Há também o padrasto, personagem que tem menos visbilidade na literatura infantil, diferentemente da madrasta, mas que também merece uma conversa. Apenas para provocar, em tempos em que se discute a paternidade sócio-afetiva, qual o papel dos padrastos na vida das crianças, adolescentes e jovens adultos que ainda vivem em suas famílias? É mais fácil para as madrastas, por serem meulheres adotarem os filhos do marido e assumirem cuidados e funções parentais? Os homens ficam mais distantes? Como sempre, os pré-conceitos não nos ajudam. Acontece de tudo. Padrastos que assumem filhos da atual companheira, outros que permanecem em posições mais periféricas na educação, mas são amigos, outros não. Mas, um assunto que tenho visto com alguma frequencia na clínica é o da separação em que a relação conjugal se desfaz e complica-se ainda mais este papel. Vi situações em que o padrasto mantém o vínculo com os enteados, ao menos por algum tempo. Em outras, o vínculo é rompido junto com o casamento. Em outras ainda, há tentativas mal sucedidas de manter o vínculo pelo padrasto, madrasta, mas que o pai ou mãe não permitem. Quais as possíveis alternativas para esta situação? Não há nenhuma lei ou regra que inclua explicitamente o lugar e os direitos e deveres de um padrasto ou madrasta. A cada novo arranjo familiar, vemos que as pessoas são criativas para adaptarem-se a suas necessidades e às possibilidades que têm. Mas, seguramente é mais um vínculo que merece atenção. Não seria o caso de se considerar a importância destes vínculos para os filhos e enteados? E para os adultos que muitas vezes participaram e amaram estas crianças? Por outro lado, vamos instituir mais regras, mais leis e questões de visitações e guarda de padrastos e madrastas? São perguntas que não tem respostas certas, servem para nos chamar à reflexão. Uma boa semana a todos!
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sábado, 27 de junho de 2009
Duas Casas e uma Mochila
Vocês conhecem este livro? Como a Nadia comenta no post anterior, os filhos de pais separados precisam aprender uma série de coisas, especialmente as relacionadas ao trãnsito entre as casas do pai e da mãe. Este livro de uma colega terapeuta de família, a Sonia Mendes, foi lançado ano passado e é um recurso muito interessante para pais e filhos conversarem sobre a separação. Não existem muitos livros infantis sobre o assunto. Ainda temos a maioria dos livros para crianças com famílias representadas de forma tradicional. Uma leitura conjunta muitas vezes é um ótimo momento para uma conversa íntima em que pais e filhos podem compartilhar seus sentimentos e suas dúvidas ao se identificar com a menina do livro ou com seus pais.
quarta-feira, 17 de junho de 2009
NOVOS MOCHILEIROS
Todos conhecemos a experiência de alguns jovens que saem de mochila, para descobrir um mundo novo, ao mesmo tempo que vão aprendendo sobre si mesmos , seus recursos e suas possibilidades de uma vida longe de casa.
Quero falar aqui de um outro tipo de mochileiro,que, de uma forma ou outra tem coisas em comum, são os filhos de pais recém separados que começam a viver esta experiência , passando um tempo ora na casa do pai, ora na casa da mãe.
Quando a separação dos pais acontece, muitas coisas vão mudar em suas vidas, inclusive o fato de terem duas casas e romperem de uma hora para outra com tudo que estavam acostumados.
Eles tem que dar conta de muitas mudanças das quais não são os autores.
Como facilitar, neste momento, a vida destes precoces mochileiros? Os pais, apesar de toda a dificuldade que estão passando, precisam pensar também nos filhos.
Ver o pai e a mãe se relacionando com um mínimo de cordialidade, vai dar mais segurança
Não ter o papel de pombo correio dos pais, é um grande facilitador.
Não ouvir o pai falar mal da mãe ou vice-versa, não fermenta conflitos.
Perceber que o que acabou foi a relação dos pais e que a relação pai/filhos, mãe/filhos vai durar, alivía muitas das aflições.
Os pais respeitarem seu desejo de "hoje " não ir para casa do outro pai, porque tem um programa imperdível, não é sinal que os filhos não gostam da "minha" casa.
O que falei e muito mais, permite aos filhos a descoberta de um mundo novo, de seus recursos para lidar com mudanças inevitáveis e de se perceberem um pouco mais autônomos para a vida.
segunda-feira, 1 de junho de 2009
PARA PENSAR....
Essas reflexões/ perguntas foram feitas num curso que damos para Terapeutas de Família, sobre as questões do divórcio. Elas tem como objetivo ajudar pais a pensarem sobre possibilidades e recursos para cuidar de seus filhos na hora da separação:
1) O casamento acabou. E agora, como cuidar dessa família que um dia existiu?
2) Como manter as crianças preservadas dos conflitos que são inevitáveis no momento da separação?
3) Com quem você pode contar para ajudar nesse momento?
4) E os filhos, com quem podem contar?
5) Diante de tantas mudanças inevitáveis, como manter alguma estabilidade para os filhos?
6) Como respeitar o direito dos filhos de " ficarem fora dessa"? Fora dos conflitos? Fora das intimidades antigas e novas?
Para pensar.... e buscar alternativas!
sábado, 30 de maio de 2009
domingo, 17 de maio de 2009
FÁCIL? QUEM DISSE?
Quem disse que a separação iria ser fácil (copiando Rosana)?
Quem disse que ser pai e mãe separados, iria ser uma função fácil, por já ter sido vivida como um casal?
Tudo que é mudança gera um grau de desordem, de desorganização.
Pensando na adaptação da mulher à nova vida, ao novo papel,não se pode considerar que ela saí em vantagem, porque já excercia a maternidade.
O homem, por sua vez, em muitos casos e principalmente nos casais mais jovens, são excelentes pais, não só provedores, mas cuidadores , excercendo a paternidade com muita competência.
Com a separação, ambos terão que enfrentar grandes desafios em suas vidas. Desafios estes,que são desestruturantes, num primeiro momento.
Penso que se colocar curioso/a e se abrir para experimentações na procura do novo papel, de pai e mãe separados, faz com que a separação não seja um ponto final e sim um ponto de partida.
Quem disse que ser pai e mãe separados, iria ser uma função fácil, por já ter sido vivida como um casal?
Tudo que é mudança gera um grau de desordem, de desorganização.
Pensando na adaptação da mulher à nova vida, ao novo papel,não se pode considerar que ela saí em vantagem, porque já excercia a maternidade.
O homem, por sua vez, em muitos casos e principalmente nos casais mais jovens, são excelentes pais, não só provedores, mas cuidadores , excercendo a paternidade com muita competência.
Com a separação, ambos terão que enfrentar grandes desafios em suas vidas. Desafios estes,que são desestruturantes, num primeiro momento.
Penso que se colocar curioso/a e se abrir para experimentações na procura do novo papel, de pai e mãe separados, faz com que a separação não seja um ponto final e sim um ponto de partida.
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quarta-feira, 13 de maio de 2009
PERGUNTA
Uma pessoa me fez essa pergunta e eu gostaria de repassá-la para vocês.
Sob seu ponto de vista, as mães separadas tem mais facilidade
de ser mãe e pai ou os pais separados tem mais facilidade de
ser pai e mãe?
Estamos esperando suas respostas, especulações,
questões, experiências....
Sob seu ponto de vista, as mães separadas tem mais facilidade
de ser mãe e pai ou os pais separados tem mais facilidade de
ser pai e mãe?
Estamos esperando suas respostas, especulações,
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segunda-feira, 11 de maio de 2009
MANHÊ, HOJE CONHECI UMA AMIGA DO PAPAI!!
Para muitas mulheres que já estavam num processo de reorganizar suas vidas, esse comentário pode abrir o chão novamente. Parece que todas suas energias foram colocadas para se reerguerem e cicatrizarem as dores provocadas pela separação. Não estavam preparadas para situações fora do controle.O fato do ex marido conhecer outra mulher, não é um acidente de percurso e sim uma realidade esperada.
A questão que se coloca é como agir de agora em diante, como não fazer do filho um "espião" da vida afetiva do pai? Como fazer para que sua raiva e sua dor não respinguem muito no filho? O processo da separação não é linear, acontece em ondas, com muitos altos e baixos.
Como lidar com tal instabilidade?
Dei exemplo de uma mulher,mas poderia perfeitamente ter um homem neste mesmo papel
Como lidar com tal instabilidade?
Dei exemplo de uma mulher,mas poderia perfeitamente ter um homem neste mesmo papel
domingo, 10 de maio de 2009
Bom dia! Hoje é dia das mães!
Hoje é dia das mães! Comemoramos com todas as mães este dia! As datas comemorativas são momentos que reativam muitos sentimentos de perda, saudades e de que faltam coisas que antes da separação existiam. No entanto, também são datas que nos permitem lembrar que, para além das dores, existem muitas coisas a celebrar na vida. Os filhos, a maternidade, a paternidade... Em muitos depoimentos ouvimos como os filhos dão força para que as mães continuem sua jornada rumo ao futuro. Como eles nos ajudam a superar e recriar a vida. Então, hoje, celebremos com eles, os frutos de nossos amores e ex-amores, o dia de hoje. Refletimos mais tarde...
Feliz dia das mães para todas!
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