Quando há a separação dos pais de uma criança, o exercício da parentalidade é um desafio complexo. Cada um em uma casa, muitas vezes sem a possibilidade de conversar sobre os filhos. A disjunção entre a parentalidade e a conjugalidade é um dos maiores nós com que lidamos nas separações e divórcios... É muito difícil separar, especialmente, sob grande emoção, o seu (sua) ex do pai (mãe) dos seus filhos. Para as crianças ou não tão crianças que tem os pais separados, é a garantia de um processo melhor com desdobramentos mais suaves. Os pais e mães que moram sozinhos com seus filhos e aqueles que não residem com eles, mas convivem de outras formas, criam a cada dia novas maneiras de exercer a parentalidade que não a clássica em que pais e mães moram juntos. E, quando se agregam novos companheiros, filhos de outras uniões destes a configuração vai ficando cada vez mais parecida com uma grande teia. Temos de novo famílias grandes, com quatro, cinco filhos ou mais...
As clássicas formas, boas ou não, que aprendemos, não funcionam com tanta facilidade. A distribuição de autoridade, de responsabilidade, de afetividade, às vezes fica complicada. Hoje em dia, criou-se até um novo nome para isso: a pluriparentalidade. A palavra é até difícil de falar. De viver, então...