Ausência
Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada,
aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
Carlos Drummond de Andrade
Lindo!
ResponderExcluirTem muitas “ausências” e inspirada por este poema que você postou, coloquei minha resposta aqui:
http://derivare.blogspot.com/2009/06/ausencias.html
Abraços, com todas as nossas ausências