Não fui a FLIP 2009, mas me contaram de uma mesa que fez muito sucesso, cujo tema era Separação, com o escritor Rodrigo Lacerda , autor do livro"Outra Vida" que examina a fundo um relacionamento amoroso em crise, e o ator, dramaturgo e cineasta Domingos de Oliveira , diretor do filme Separação. Vou me ater a extrair alguns trechos da fala de Domingos, que achei
humana, pungente e muito lúcida.
Para Domingos "há pessoas que sofrem com a separação, para outras ela é um alívio..."
As cinco separações que viveu "foram malditas, porém necessárias passagens." Diz não conhecer "nenhum casal decente, que não nutra um sólido desejo de separação."
Domingos se faz três indagações da maior pertinência, para saber sobre o amor que possa durar e quando no fim, não faça doer.
1-" Por que o amor acaba?"
Numa possível resposta, questiona se é por esquecimento de si mesmo ou se não se tem mais nada a fazer ali?
2- "Por que dói tanto quando acaba?"
Poucas coisas para Domingos, são tão tristes como o fim de um amor.
"Dói por não ser mais o que era. Dói por tudo que poderia ser" Talvez o medo da solidão,
"quando convivemos muito com a pessoa amada, perdemos a noção como somos sós no mundo."
3-"O amor é necessário?"
"Como intuiam os antigos gregos, um ser cuja biológica natureza verdadeira é ser parte de uma
unidade maior, chamada casal."
"E o ser humano deve então ser lúcido, muito lúcido para amar e perder, perder e amar, amar e perder… É dura a vida. Nós bebemos, quebramos mãos, visitamos psiquiatras. Nós sofremos, mas temos a arte. Por ela, vivemos. "
O texto integral de Domingos de Oliveira está disponível no blog da Flip 2009.
Por fim, uma homenagem feita neste encontro por Rodrigo Lacerda a Domingos de Oliveira, lendo uma frase do próprio Domingos:
"O homen lúcido sabe que ele é equilibrista nas cordas da existência."
Obrigada Marina, por compatilhar com sua turma.
domingo, 26 de julho de 2009
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Adorei Nadia! Não sabia que na FLIP a separação havia sido tema de debate. Vi o filme de Domingos há alguns anos atrás. Gostei.
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