Um tema difícil na separação e depois na retomada da vida são os amigos. Os casais, como quaisquer pessoas que convivem muito, ao longo do tempo, fazem um "grupo de amigos", relações em comum, que foram originalmente mais ligados a um ou a outro, e que depois de um tempo, adotam o parceiro do amigo original como seu amigo também. Além disso, há as pessoas que o casal vai conhecendo juntos pela vida. E, na separação, como ficam os amigos? E como fica o casal, que nesse momento, precisa tanto de apoio. Amigos são fundamentais durante o processo de separação. Pra tudo! Oferecer o ombro, cuidar do filho, levar a gente à praia, ouvir horas de histórias e ser às vezes um cais para atracar em meio a tempestades e vier momentos alegres e descontraídos. Tenho visto acontecer de tudo: amigos que tomam partido, amigos que se recusam a dar qualquer opinião, amigos que voltam à amizade original e tentam apagar o vínculo construído com o não-original dos amigos e até amigos que acabam ficando mais amigos do não-original do que do outro. Já vi amigos tentando reconciliações, amigos apresentando novos amigos e até pretendentes. Enfim, os amigos, afetos, apoio, rede, são também chacoalhados pelas separações vizinhas. Há os que dizem que os amigos se assustam e as separações alheias, mas próximas, são verdadeiros outdoors vivos, avisando que isso pode acontecer a qualquer um. Por isso, muitas vezes se afastam, como se, não vendo os amigos e sua dor, não precisem se confrontar com suas dúvidas. Os amigos também, são parte da partilha, quem fica com quem, quem pode ser convidado para onde, quem é admitido nas novas vidas de cada um e/ou quem quer/pode ser admitido nos novos caminhos. Encontrei no site da revista Vida Simples, um pequeno artigo muito interessante sobre esse tema. A autora, Diana Corso, diz: "A pior partilha, quando um amor acaba, é a dos afetos. Os que estão fora do relacionamento descobrem-se desagradavelmente dentro: são disputados, junto com livros e algum patrimônio. Os amigos raras vezes conseguem transitar igualmente entre ambos, sem ter que escolher." Hoje em dia, quase todos nós, ou somos os ex, que vão reconfigurar as redes de amigos, ou temos amigos que ao se separarem nos colocam os desafios de qual posição tomar. Sim, porque mesmo não ficar de nenhum "lado" na separação é se posicionar de alguma forma para alguém. E, em geral, como no caso dos filhos, se o conflito for muito intenso, posicionar-se de um lado, significa uma ofensa ao outro. E, também era seu amigo(a)!
Há pessoas que conseguem manter as amizades, o afeto e o carinho e receber apoio dos amigos antes, durante e depois da separação. Mas, é inegável, como diz a canção: nunca nada será como ante, amanhã....
Abaixo, deixo o link da reportagem para quem quiser ler a íntegra. Vale a pena!
Na maioria das vezes os casais acabam elegendo um dos lados para tomar partido e apoiar.
ResponderExcluirIsso mesmo guimadesign! E também acontece que as pessoas do casal também pedem aos amigos que escolham, de uma forma ou outra. Sabe aquele negócio: quero muito ir ao seu aniversário, mas se ele/ela for eu não vou... O que faz o amigo nessa hora???
ResponderExcluirO amigo diz: vou estar comemorando nessa data, hora e local. Chamei vocês dois. Não me dê um presente ao contrário de me obrigar a essa escolha de Sofia. Mas... se você não for, comemoramos numa data alternativa especialmente para nós. Afinal, somos amigos.
ExcluirRosana, acho que todos concordamos com a Diana Corso, que diz em seu artigo que " a pior partilha... é a dos afetos". Um casal que tem um grupo de amigos, os filhos costumam frequentar as festas, as comemorações como Natal, por exemplo, a viajar juntos etc... E quando este casal se separa, os filhos deixam de participar dessas atividades. As crianças e/ou os adolescentes recebem os respingos nessa hora e tem que, muitas vezes, se distanciar de alguns desses amigos.
ResponderExcluirOs que ficam na separação é que são os amigos.
ResponderExcluirO resto é colega ou conhecido.
Amigo que é amigo fica do lado. Do um, dos dois, dos filhos.
Amigo sabe ficar do lado. Seja no chopp, na caminhada, no telefone ou no pronto-socorro.
Sim, a vida é dura, o cotidiano é fogo. Mas estar ao lado é tarefa dos amigos. Afinal, chega de separações!
Ricardo, com sua licença, irei copiar teu comentário, que hoje é o que define o que eu penso, nos separamos, mas continuamos amigos um do outro e pais de uma linda menina, já os "amigos", sumiram....
ResponderExcluir