Minha amiga me pergunta no Facebook se o amor acaba. É um post de Martha Medeiros em http://universonatural.wordpress.com/2011/10/09/o-amor-acaba/. Nele, a autora argumenta que o amor não acaba. Que somos mutantes e que apenas nosso foco muda, e portanto o amor não finda apenas se move. Afirma que a paixão é que acaba. De certa forma, parafraseia o poetinha: "Que seja eterno enquanto dure".
Eu de cá, respondo: Amor acaba! E como acaba. E não digo apenas do amor de homem-mulher, ou deveria dizer nesses tempos do politicamente correto: amor sexual entre duas pessoas (credo!). Qualquer amor acaba. Grandes amizades acabam, mães renegam filhos, fiéis desgarram de seu amado Deus, donos abandonam seus cães a própria sorte. Filhos batem a porta sem olhar para trás, amores eternos se esvaem por um belo par de coxas,
desvio de caráter broxa o mais rijo tesão. Depressões matam promessas do sempre, falta de dinheiro extingue aquele casal inseparável.
E o tempo, ah, o tempo. Esse vilão cruel. Sorrateiramente nos rouba nosso melhor sorriso, apaga o romantismo com o tédio, seu mais terrível escudeiro. Rebatem Vinicius dizendo: "Que seja eterno enquanto duro!". Cronos ceifa inapelavelmente nossos ideais a dois, cega-nos às virtudes dos outros enquanto lhes denuncia nossos inescrutáveis defeitos.
Amor é verbo presente, é um ser vivo, é um fluxo. Feche a fonte e se extingue o mais belo dos sentimentos.
Amor no que virá é só desejo. Amor no que já foi atende por saudade. Por isso mesmo, regue bem o seu amor, ponha aquela roupinha sexy, jogue fora o cuecão rasgado. Beije, beije muito, beije como se fosse a primeira vez. Leia contente mais uma historinha mesmo morrendo de sono. Visite a véia mais vezes, ainda que esteja aquele trânsito doido. Leve o Rex prum passeio gostoso. Reclame menos, aproveite mais. Ame a si mesmo, ame esse SerParAção, ame o que ainda há. Para depois não reclamar sobre o leite terminado. Cuide bem do seu amor. Antes que ele acabe.
Eu de cá, respondo: Amor acaba! E como acaba. E não digo apenas do amor de homem-mulher, ou deveria dizer nesses tempos do politicamente correto: amor sexual entre duas pessoas (credo!). Qualquer amor acaba. Grandes amizades acabam, mães renegam filhos, fiéis desgarram de seu amado Deus, donos abandonam seus cães a própria sorte. Filhos batem a porta sem olhar para trás, amores eternos se esvaem por um belo par de coxas,
desvio de caráter broxa o mais rijo tesão. Depressões matam promessas do sempre, falta de dinheiro extingue aquele casal inseparável.
E o tempo, ah, o tempo. Esse vilão cruel. Sorrateiramente nos rouba nosso melhor sorriso, apaga o romantismo com o tédio, seu mais terrível escudeiro. Rebatem Vinicius dizendo: "Que seja eterno enquanto duro!". Cronos ceifa inapelavelmente nossos ideais a dois, cega-nos às virtudes dos outros enquanto lhes denuncia nossos inescrutáveis defeitos.
Amor é verbo presente, é um ser vivo, é um fluxo. Feche a fonte e se extingue o mais belo dos sentimentos.
Amor no que virá é só desejo. Amor no que já foi atende por saudade. Por isso mesmo, regue bem o seu amor, ponha aquela roupinha sexy, jogue fora o cuecão rasgado. Beije, beije muito, beije como se fosse a primeira vez. Leia contente mais uma historinha mesmo morrendo de sono. Visite a véia mais vezes, ainda que esteja aquele trânsito doido. Leve o Rex prum passeio gostoso. Reclame menos, aproveite mais. Ame a si mesmo, ame esse SerParAção, ame o que ainda há. Para depois não reclamar sobre o leite terminado. Cuide bem do seu amor. Antes que ele acabe.
Gosto muito de pensar no amor como um fluxo. Adorei a imagem da torneira. Acredito que não há algo tão transformador e que se transforma tanto como o amor. E, se transformar, às vezes é transmutar, às vezes é desaparecer. Não gosto de tornar o amor um mito, daqueles que dizem que se é verdadeiro nunca acaba. Acho que isso nos aprisiona. Por isso, acho que amor acaba, começa, recomeça e reacaba. Com a mesma pessoa, com outras e com nós mesmos, diferentes a cada momento.
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